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Um pouquinho da história de Tiradentes.

A Cidade de Tiradentes foi fundada por volta de 1702, quando os paulistas descobriram ouro nas encostas da Serra de São José, dando origem a um arraial batizado com o nome de Santo Antônio do Rio das Mortes. O arraial posteriormente, passou a ser conhecido como Arraial Velho, para diferenciá-lo do Arraial Novo do Rio das Mortes, a atual São João del Rei. Em 1718 o arraial foi elevado à vila, com o nome de São José, em homenagem ao príncipe D. José, Futuro rei de Portugal, passando em 1860, à categoria de cidade. Durante todo o século XVIII, a Vila de São José viveu da exploração de ouro e foi um dos importantes centros produtores de Minas Gerais. No fim do século XIX os republicanos redescobrem a esquecida terra de Joaquim José da Silva Xavier, o "Tiradentes", fazem uma visita cívica à casa do vigário Toledo, onde se tramou a Inconfidência Mineira. Mas foi o inflamado Silva Jardim que, de passagem por São José, sugere em seu discurso que o nome da cidade fosse trocado para o do herói, em lugar de um rei português. Com a proclamação da república, por decreto de número 3 do governo provisório do estado, datado de 06 de dezembro de 1889, recebe a cidade o atual nome "Cidade e Município de Tiradentes". Após longos anos de esquecimento, o conjunto arquitetônico da cidade foi tombado pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 20 de abril de 1938, tendo sido, por isso, conservado quase intacto.

Histórico Religioso:

 

Passos da Paixão de Cristo:

Pequenas capelas conhecidas como passos da Paixão de Cristo foram erguidas na cidade a partir de 1729, seguindo modelo do Rio de Janeiro. Somam seis ao todo, já que a sétima era armada na entrada da Matriz de Santo Antônio. Apresentam pequenas diferenças estéticas. Localização: Largo das Forras, Rua Direita, Rua Padre Toledo, Rua Jogo da Bola e Largo do Ó - Centro.

 

Capela do Bom Jesus da Pobreza:

Inaugurada em 1750, a modesta Capela do Bom Jesus da Pobreza apresenta frontão em volutas e, em seu interior, interessante imagem de Cristo Agonizante, talvez a mais bonita da cidade. Localização: Largo das Forras - Centro. Utilização: Espaço cultural. Visitação: Sexta a quarta-feira, das 12h30m às 17h30m.

 

Igreja Nossa Senhora do Rosário:

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário é considerada a mais antiga da cidade. A primitiva capela foi erguida pela Irmandade dos Homens Pretos, provavelmente, em 1708. A portada e o frontão com volutas bem desenhadas dão graciosidade ao frontispício em alvenaria de pedra. Na capela-mor, interessante pintura em perspectiva retrata a Virgem entregando o Rosário a São Francisco de Assis e a São Domingos Gusmão. O forro da nave foi pintado por Manoel Victor de Jesus e representa os quinze mistérios do Rosário. Localização: Rua Direita – Centro. Visitação: Quarta a segunda-feira, das 09h às 16h.

 

.Capela de São João Evangelista:

Construída a partir de 1760, a Capela de São João Evangelista abriga as irmandades do santo padroeiro, de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora das Dores. A larga fachada é uma característica local. A ausência de torres faz com que a sineira seja alojada em uma das janelas laterais e o telhado se prolongue, enfatizando a horizontalidade do partido arquitetônico. Internamente, o arco cruzeiro e os altares laterais apresentam talha rococó de boa qualidade. Na capela-mor está sepultado Manoel Dias de Oliveira, um dos mais expressivos compositores da época. Localização: Rua Padre Toledo - Centro. Visitação: Quarta a segunda-feira, de 8 às 17h .

 

Matriz de Santo Antônio:

A Matriz de Santo Antônio é um dos mais belos templos barrocos de Minas Gerais. Sua fachada foi modificada em 1810 a partir de um risco encomendado a Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Elegante, apresenta frontão com caprichosas volutas e portada entalhada em pedra-sabão. Seu interior é surpreendente, marcado pela exuberância da obra de talha dourada que recobre toda a igreja, segunda igreja mais rica do mundo. A capela-mor apresenta talha repleta de motivos ornamentais e belíssimas pinturas no forro e nas paredes laterais. O coro é uma preciosidade, ornamentado com finos trabalhos de talha e de pintura bem ao gosto rococó. Show pirotécnico com narração do Paulo Autran (ator da Rede Globo) toda sexta-feira a partir das 20h00Sua balaustrada estende-se lateralmente para abrigar o antigo órgão da igreja, trazido de Portugal em 1788. O interessante relógio de sol, colocado no adro da igreja em 1785, tornou-se símbolo da cidade. É reproduzido em delicado trabalho de pedra-sabão pelos artesãos locais. Localização: Rua da Câmara - Centro. Visitação: Diariamente, das 8h às 17h.

 

Santuário da Santíssima Trindade:

A Capela da Santíssima Trindade foi construída em 1810 por iniciativa do tenente João Antônio de Campos, em substituição a primitiva capela de 1776. O projeto, encomendado a Manoel Victor de Jesus, sofreu diversas alterações ao longo dos anos. Em 1923, a capela transformou-se em centro de romaria, recebendo, mais tarde, o título de Santuário da Santíssima Trindade. O altar-mor possui belíssima imagem do Pai Eterno, venerada em procissão na festa que se realiza anualmente entre maio e junho. Localização: Praça Padre José Bernardino - Santíssima Trindade. Visitação: Diariamente, das 8h às 17h.

 

Capela de São Francisco de Paula:

Situada no alto de uma colina, a Capela de São Francisco de Paula oferece belíssima vista da cidade. Abriga em seu interior a imagem do santo padroeiro e um curioso painel, que retrata habitantes da cidade numa cerimônia religiosa, pintado na década de 40. Localização: Largo de São Francisco (Rua Nicolau Panzera) - Centro. Visitação: Domingo, das 9h às 11h30.

 

Capela de Nossa Senhora das Mercês:

A Capela de Nossa Senhora das Mercês possui magnífico interior rococó. O altar único em talha policromada forma com a capela-mor, arco cruzeiro e nave um conjunto de pinturas e douramentos de rara beleza, executado por Manoel Victor de Jesus no período de 1793 a 1824. Localização: Largo das Mercês (Praça Dom Delfino R. Guedes) - Centro. Visitação: Domingo, das 8h às 17h.

 

Capela de Santo Antônio da Canjica:

Apenas uma parede restou da primitiva Capela de Santo Antônio da Canjica, que remonta aos primeiros anos do século XVIII. Reconstruída pela comunidade, abriga as imagens de Santo Antônio, São João de Deus e Nossa Senhora da Conceição, remanescentes do antigo templo. Localização: Rua Francisco Pereira de Morais - Canjica.

 

 

 

 

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